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Eis, que subitamente apareceste,
Sendo sol, que entrou na minha vida,
Teus raios iluminaram meu peito,
Transformando-se numa paixão desmedida,
Além disso, tudo o que enfim me obriga,
Em nada acreditas, por mais que diga,
Tanto, tanto, ficou por dizer,
E tu, nem esse tanto desejaste saber,
Por ti, bate este coração desatinado,
Triste e amargurado, quase desamparado,
Que tanto dói e aos poucos me destrói,
Sinto-me uma presa, sem guarida nem defesa,
Mantendo uma réstia de chama ainda acesa,
Que ilumina toda esta paz, toda esta guerra,
Toda esta paixão, que este meu peito encerra,
Por tantas tristezas, este pobre coração passou,
Tudo o que hoje choro, outrora me alegrou,
Eu, que o teu amor rogava e implorava,
Por vezes iludido, quase o celebrava,
Mas tristemente, logo descobria,
Que além de mim, ninguém mais viria,
E nesta estranha e longa espera,
Revivia tudo, o que um dia te dissera,
Despertando-me, a razão era uma constante,
Determinado o coração, esta paixão levaria avante,
Todo este enleio, me atormentava e dividia,
Mas sempre, com a esperança de que certo dia,
Esse amor renasceria e dócilmente aceitar-me-ia,
Tal não aconteceu, e esse teu amor por mim morreu,
Já desesperado e tentando ainda sentir uma maior confiança,
Tal não aconteceu, e esse teu amor por mim morreu,
Já desesperado e tentando ainda sentir uma maior confiança,
Aos poucos, ia também morrendo a tal esperança,
De um dia, poder ter-te e contra meu peito abraçar-te,
De ver-te, olhar-te e amar-te,
Terrível engano, concluí negro dia,
E na tua ausência, foi assim morrendo minha alegria,
Todo o amor, que um dia eu te manifestava,
Meu coração de alegria em meu peito rebentava,
Gostaria eu, nesse mar de amor aventurar-me,
E no mais profundo momento de prazer, entregar-me........a ti !
Norberto Marques