
Hoje sou saudade
Outrora, amor que não vivi
Prolongo este meu gesto, sem beijar teu corpo
Eu próprio, sou aquilo que perdi
Imponente, a tarde desce ao querer saber de ti
Antes meu amor por ti, uma metáfora fosse
Ó negro luar, reflectido nos juncais
Não podendo eu prender-te mais
Minha jóia rara, teu doce movimento me extasia
Teu vulto saciante, passa e esquece
Ah, se um dia eu te beijasse
Estas trémulas mãos acariciando tua face
E beijando-te, um raio de sol descesse
Para que esta dôr passasse
Longe vão meus tempos de meninice
E eu, a felicidade encontrasse
Tamanha alegria, efémera paixão
Ao ver-te, eu para ti sorrisse
Poder sair desta tão dolorosa solidão
Queria viver eternamente
Amar-te consciente e inconscientemente
Para poder prender esse tão lindo gesto
Perder-te...... de novo ter-te.... e o sonho é o resto !!!
Norberto Marques